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Escritaria 2012: Vida e Obra de António Lobo Antunes

26 a 28 de Outubro 

Programa:

26 de Outubro

14h30    Inauguração da exposição de Arte Pública
              (Praça do Município)

21h00    Lançamento do Livro "Não É Meia Noite Quem Quer"
              Apresentação de Ana Paula Arnaut
              (Museu Municipal)

27 de Outubro

15h00    Conferência "Escritaria, vida e obra de António Lobo 
              Antunes"
              (Museu Municipal)

17h00    Atribuição do prémio de jornalismo "Escritaria"
              (Museu Municipal)

28 de Outubro

15h00    Lançamento do livro "Escritaria, Mia Couto vida e obra"
              Apresentação de Zeferino Coelho
              (Museu Municipal)

Arte Pública espalhada pela cidade em autêntica “contaminação”

Uma das marcas incontornáveis do Escritaria é a arte pública que por esses dias "contamina" Penafiel, levando qualquer cidadão a descobrir num qualquer local improvável, numa esquina, rua ou viela, algo que o remeta para o universo de António Lobo Antunes. Alguns exemplos:

Post-its gigantes nos edifícios 
Post-its gigantes, serão afixados em edifícios da cidade contendo pequenos textos, pedidos a um conjunto de personalidades relevantes do meio cultural.

Escritaria nas paredes  
À semelhança das edições anteriores, uma frase do escritor, ficará materializada no espaço da cidade perpetuando o acontecimento e enriquecendo de modo original o quotidiano dos habitantes.

Montras de literatura
As montras aderentes das lojas da cidade vão estar decoradas com itens relacionados com a vida e obra de António Lobo Antunes.

Letras no divã
Uma instalação tridimensional, feita a partir de uma cama, que é uma reflexão - de cariz artístico - sobre a relação entre a literatura de Lobo Antunes e a sua atividade enquanto psiquiatra.
 
Palavras com asas
Os aerogramas que António Lobo Antunes escrevia diariamente à sua mulher enquanto esteve na guerra em Angola regressam, quatro décadas volvidas, agora dirigidas aos visitantes do Escritaria em Penafiel.
 
Letra leve
Mais um item do "pegue&leve" que caracteriza o Escritaria em Penafiel desde o início. Nos balcões dos estabelecimentos comerciais e dos edifícios de atendimento ao público estarão, a pedir para serem levadas crónicas de António Lobo Antunes.
 
Estantónia
Na avenida principal de Penafiel, a céu aberto, estará uma estante antuniana, uma instalação tridimensional de trinta metros de comprimento contendo a obra completa de António Lobo Antunes.
 
Jardins de palavras
Um pouco por toda a cidade, nos bancos de jardim, haverá fragmentos de literatura para quem se senta. Tratam-se de crónicas de grande formato, acompanhadas por ilustrações.
 
Poeira das letras
É uma instalação intimista, centrada numa animação videográfica da autoria de Rui Martins, que propõe aos visitantes um momento de pausa e reflexão sobre a obra de Lobo Antunes e literatura.


Organização:
Município de Penafiel
Edições Cão Menor
Escritaria


 

 

Manuel António Pina

"As escadas"

 

Toma, este é o meu corpo, o que sobe as escadas
em direcção à tua escuridão, deixando-me,
ou a alguma coisa menos tangível,
no seu lugar.

Também elas envelheceram, as escadas,
também, como eu, desabitadas.
Anoiteceu, ao longe afastam-se passos, provavelmente os meus,
e, à nossa volta, os nossos corpos desvanecem-se como terras

estrangeiras.

 

 

“Café do molhe”

 

Perguntavas-me
(ou talvez não tenhas sido
tu, mas só a ti
naquele tempo eu ouvia)

porquê a poesia,
e não outra coisa qualquer:
a filosofia, o futebol, alguma mulher?
Eu não sabia

que a resposta estava
numa certa estrofe de
um certo poema de
Frei Luis de Léon que Poe

(acho que era Poe)
conhecia de cor,
em castelhano e tudo.
Porém se o soubesse

de pouco me teria
então servido, ou de nada.
Porque estavas inclinada
de um modo tão perfeito

sobre a mesa
e o meu coração batia
tão infundadamente no teu peito
sob a tua blusa acesa

que tudo o que soubesse não o saberia.
Hoje sei: escrevo
contra aquilo de que me lembro,
essa tarde parada, por exemplo.

 

18.11.1943 - 19.10.2012

Mónica Ferraz

Mónica Ferraz - Start Stop
O concerto está agendado para o dia 13 de Outubro, pelas 22h, no Cine-Teatro de Estarreja. 
O contributo de Mónica Ferraz para o panorama musical português é inegável. Vocalista dos Mesa, com quem desenhou um percurso brilhante (note-se pelo badalado tema "Cedo o Meu Lugar") apostou, em 2010 numa carreira a solo, com o lançamento de Start Stop. Em 2012, chega aos palcos nacionais a digressão de apresentação do disco, muito bem recebido pelo público e crítica, responsável pelos êxitos "Go Go Go" e "Golden Days" - ambos com fortíssima rotação nas rádios nacionais. O registo é interpretado em inglês e a respetiva sonoridade oscila entre rock, pop e soul. Ao Cine-Teatro de Estarreja, a portuense Mónica Ferraz apresenta o novo formato Unplugged num concerto mais acústico e "jazzeado", exclusivo para espaços fechados. Os músicos preparam surpresas, mas a elegância e feminilidade de Mónica Ferraz mantém-se.

THE LEGENDARY TIGERMAN + RITA REDSHOES


The Legendary Tigerman dobro, guitarra eléctrica, foot stomp, violin-uke

Rita Redshoes guitalele, violin-harp, marxophone, glockenspiel, teclado, voz

Filipe Gonçalves operação de som de sala

Estarreja recebe a exibição do filme Estrada de Palha, acompanhado por um concerto de Paulo Furtado, na pele de Legendary Tigerman, com Rita Redshoes a seu lado. Juntos caminham ao ritmo da Estrada de Palha, banda sonora que escreveram para o referido filme de Rodrigo Areias, estreado em junho nos cinemas, e que ganhou o galardão de melhor banda sonora original na 18ª edição do Festival Caminhos do Cinema Português.

Neste cine-concerto, levam para palco instrumentos menos usuais (marxophone, violin-uke e até um berbequim) para dar música à projeção do filme. Estrada de Palha é um "western" à portuguesa, mais concretamente alentejano, que decorre na primeira década do século XX. A história centra-se em Alberto, um emigrante que regressa à aldeia natal em busca de justiça e é confrontado com jogos de poder e corrupção.

AMIGOS MAIOR QUE O PENSAMENTO - TRIBUTO A JOSÉ AFONSO E ADRIANO CORREIA DE OLIVEIRA

O grupo bracarense Canto D'Aqui, que se dedica a pesquisar e divulgar a música tradicional portuguesa, presta homenagem a Zeca Afonso e Adriano Correia de Oliveira, no ano em que se assinalam os 25 e 30 anos, respectivamente, sobre a morte desses nomes maiores da canção de intervenção.

PortoCasa da Música - Avenida da Boavista, 604/610

07-10. Domingo às 18h00  (na Sala Suggia). 

 

 http://www.cantodaqui.com